quarta-feira, 6 de julho de 2011

Não sei bem quem foi a primeira pessoa a dizer isso, provavelmente Shakespeare ou Bono, mas no momento é a frase que explica melhor o meu defeito trágico: minha incapacidade de mudar. E eu acho que não sou o único. Quanto mais eu conheço os outros mais eu percebo que todos têm esse defeito. Ficar exatamente na mesma o máximo possível, ficar tudo estagnado. É bastante cômodo, e, se você sofre, pelo menos a dor é familiar. Porque se você criasse coragem, saisse da concha e fizesse algo inesperado, quem sabe que outra dor poderia estar esperando? A probabilidade é que seria pior. Então você deixa como está, escolhe o caminho conhecido e ele não parece tão ruim. Não é um defeito tão grave, você não é um viciado em drogas não está matando ninguém, exceto a si próprio, um pouco. Quando nós finalmente mudamos, eu acho que acontece como um terremoto ou uma explosão grande, de repente, nós somos uma pessoa diferente. Eu acho que é um pouco mais sutil o tipo de coisa que a maioria das pessoa nem notaria, ao menos que estivesse muito atentas, e, ainda bem que elas nunca estão. Mas você repara, dentro de você, aquela mudança parece enorme, e espera que seja, que essa seja a pessoa definitiva, que você nunca mais precise mudar.

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